A agricultura familiar consiste na produção rural conduzida essencialmente por um núcleo de pessoas com íntima afinidade de parentesco. Sua característica principal, portanto, é o compartilhamento da gestão da produção e do cultivo pela própria família.
Ao mesmo tempo, agricultura e pecuária constituem sua principal fonte de renda. De modo geral, todos sobrevivem com base nas atividades desenvolvidas na propriedade.
O sucesso do empreendimento familiar depende da organização e da maneira que for administrado. Nesse sentido, há uma série de cuidados que devem ser observados para que os objetivos da família sejam alcançados com a produção obtida.
Continue neste post e saiba como deve ser a gestão da agricultura familiar.
Gestão da agricultura familiar e sua importância
A produção rural precisa ser conduzida como qualquer outro empreendimento. Trata-se de um negócio que deve gerar resultados positivos capazes de garantir o bem-estar e o crescimento da família.
Desse modo, para que a prática agrícola alcance o sucesso financeiro esperado, são precisos um bom planejamento e uma adequada condução dos trabalhos, sempre com visão empresarial. A estabilidade da família dependerá dessa organização dos negócios no campo, dos quais se espera uma boa produtividade, assim como maiores lucros.
Quando o resultado financeiro não é alcançado, existe o risco de endividamento do produtor (e sua família) e perda de parte dos bens que constituem seu principal patrimônio. Por essa razão, uma adequada gestão da agricultura familiar como agronegócio é essencial para que seja eficiente nos seus propósitos.
7 passos para uma gestão eficiente
Garantir uma boa produção requer uma postura empreendedora responsável e, ao mesmo tempo, de visão. Considere estes 7 passos na direção de uma boa gestão no campo:
1. Investir em ferramentas tecnológicas
No seio das famílias rurais brasileiras, a tecnologia pode ser acessível, mas não é utilizada em muitos casos. Isso se deve ao desconhecimento de suas possibilidades e até de sua própria disponibilidade.
Um exemplo muito significativo são os sistemas de gestão da propriedade rural. Com a gestão informatizada, o que antes se fazia por meio de diversas anotações em um caderno agora pode ser totalmente integrado de modo digital.
Dessa forma, o registro das despesas com equipamentos, adubos e sementes, por exemplo, pode ser integrado com as receitas obtidas com a produção das diversas culturas agrícolas. Todo o cronograma das atividades pode ser acompanhado de modo a não haver falhas, seguindo-se um planejamento realizado anteriormente.
2. Contar com consultoria
A assistência de profissionais habilitados e experientes sempre será de grande valia, em especial no campo, onde os recursos estão quase sempre mais distantes. Uma consultoria especializada pode indicar o melhor caminho a seguir nas diversas situações enfrentadas pelo produtor e sua família.
Nesse sentido, você pode ser orientado sobre as inúmeras possibilidades de utilização de containers na propriedade, por exemplo. Do mesmo modo, o que plantar e qual variedade poderá alcançar a melhor resposta no mercado podem ser orientações essenciais. Além disso, quando for importante diversificar a produção, um consultor pode mostrar que alternativas podem ser buscadas.
A recomendação correta sobre como utilizar a adubação mais adequada, os tratos culturais necessários e o controle de pragas e doenças são indispensáveis. Sem esses cuidados, a família produtora pode estar participando de uma aventura, e não de um negócio no campo.
3. Apostar no planejamento financeiro
O planejamento financeiro é o primeiro passo para a segurança dos negócios da família no meio rural. Em especial com as culturas sazonais, isto é, aquelas cuja colheita se dá apenas em uma ou duas épocas do ano.
Desse modo, existirão momentos onde só ocorrerão despesas, por exemplo, com o preparo do solo, o plantio e os tratos culturais até a colheita. Um bom planejamento faz as previsões das receitas e como devem ser distribuídas ao longo do ano, para que não faltem.
Além disso, ao planejar, a família pode pensar em novos investimentos, a fim de aumentar sua capacidade de produção e de ganhos. Assim, a gestão financeira é o aspecto mais importante na condução da agricultura familiar.
4. Desenvolver cronograma de produção
O cronograma de produção é o instrumento de previsão das ações que devem ser tomadas na sequência em que elas devem ocorrer. Com um cronograma, não se corre o risco de deixar para trás qualquer das inúmeras atividades que o campo requer.
Com essa ferramenta, você acompanha o que já fez e fica atento para os próximos passos. Para isso, a forma ideal é elaborar também um cronograma de desembolso financeiro. Assim, a partir do planejamento, você fica sabendo o que deve fazer e quanto cada atividade vai custar, em especial quando se tratar de produção agrícola sustentável.
5. Controlar o estoque
Um bom controle de estoque deve considerar os produtos e os insumos (adubos, defensivos), assim como o local de armazenamento. Dessa forma, você sabe o que tem armazenado para vender, assim como os recursos de que dispõe para conduzir sua lavoura, por exemplo.
Enquanto um produto pode ser estocado durante meses à espera de bons preços no mercado (ou de sua utilização, como algumas sementes), outros devem ser comercializados imediatamente. Assim, fazer a gestão do estoque requer um controle permanente de toda a produção, das condições e do tempo de armazenamento, conforme a natureza de cada um.
Para os insumos, o controle do estoque é mais fácil e deve refletir a necessidade que se tem. Dessa forma, pode-se estocar apenas a quantidade adequada para atender à demanda prevista no cronograma de produção.
6. Estabelecer métricas
Um princípio universal da gestão considera que não se gerencia aquilo que não se conhece. Portanto, você deve adotar formas de mensurar sua produção, seu estoque e a produtividade alcançada.
Além disso, considere encontrar indicadores que relacionem os investimentos feitos (despesas da produção) com os resultados obtidos (receitas com a comercialização). Com isso, você sempre poderá avaliar o seu negócio, descobrir se alguma coisa não anda bem e buscar soluções práticas para resolvê-la.
7. Definir canais efetivos de comercialização
O agronegócio não deve ser uma aventura baseada nas adaptações de última hora. Antes de produzir, ainda na fase do planejamento, já deve estar definido qual o mercado comprador.
Desse modo, o escoamento da produção deverá ter sido delimitado com antecedência. Isso significa que, pelo menos em princípio, você já conhece os canais pelos quais efetivamente poderá realizar a comercialização de sua produção.
É claro que existem diversas variáveis que podem afetar o mercado no momento da venda e pode ser que você não tenha controle sobre elas. Ainda assim, você deve considerar até mesmo as alternativas possíveis para esses casos.
Com esses 7 passos para a gestão da agricultura familiar, seu agronegócio fica sob controle e você pode empreender.
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